A HANSENÍASE E SEUS ASPECTOS ESTIGMATIZANTES, NA BASE DE DADOS SCIELO EM 2014

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Débora Natalia Bonifácio ROSA
Taislene de Cássia Ferreira de SOUZA
Maria Aparecida do Carmo DIAS

Resumo

A hanseníase é uma doença infecto- contagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil; causada pelo bacilo chamado bacilo de Hansen ou mycobacterium leprae. Hansen, notável pesquisador, identificou este bacilo como o causador da lepra em 1873, a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu descobridor. O agente causador da doença de Hansen, tem tropismo em acometer células cutâneas e nervosas periféricas, gerando as incapacidade e as reações (surtos reacionais), que acabam por acometer, tais como, olhos, rins, supra- renais, testículos, fígado e baço. Esta doença representa, ainda hoje, um grave problema de saúde pública no Brasil, principalmente pelo seu aspecto estigmatizante. Além dos agravantes inerentes a qualquer doença de origem socioeconômica, ressalta-se a repercussão psicológica ocasionada pelas sequelas físicas da doença, contribuindo para a diminuição da autoestima e para a auto segregação da pessoa que convive com esse agravo. O objetivo foi caracterizar os artigos sobre hanseníase e seus aspectos estigmatizantes na base de dados Scielo, ano 2014. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa e retrospectiva. Os resultados obtidos foram 10 artigos referente a temática. Desses seis foram de enfermeiros (60%), dois de psicólogos (20%), um de dentista (10%) e um de terapeuta ocupacional (10%). Com esses resultados conclui-se que os enfermeiros pesquisadores, interessam-se por conhecer e caracterizar, quantitativa e qualitativamente, a produção científica sobre hanseníase e estigma. Como se pode perceber, a exclusão, o medo, o preconceito e a discriminação se encontram enraizados na construção social da hanseníase, e são fatores que nos dias atuais dificultam o portador no enfrentamento da doença e no convívio com os demais. É necessário resgatar sua auto-estima, recuperar seus vínculos e reintegrá-los à sociedade.

Palavra Chave: Artigos publicados. Hanseníase. Estigma.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS

Referências

EIDT, Letícia Maria. Breve história da hanseníase: sua expansão do mundo para as Américas, o Brasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde pública brasileira. Saúde e Sociedade v.13, n.2, p.76-88, 2004. Disponível em www.scielo.br/pdf/sausoc/v13n2/08. Acesso:15 de setembro de 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf. Acesso: 04 de outubro de 2015.