EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ANÁLISE DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

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Lanatiele de Oliveira VOLPINI
Anderson Aparecido SANTIM
Laura Licia Milani de ARRUDA
Nara Ligia Forestieri SETTE
Rosana Aparecida Benetoli DURAN

Resumo

Durante a primeira infância há grande desenvolvimento biopsicossocial e crescimento corporal, influenciados por fatores genéticos e socioambientais. No Brasil, observou-se que 7,0% das crianças menores de 5 anos apresentavam déficit de crescimento (desnutrição) e 7,3%  excesso de peso (obesidade infantil). Comparando-se a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 1996 e 2006 evidenciou-se a redução substancial no risco de desnutrição infantil, principalmente no Nordeste e nos estratos de menor poder aquisitivo, mas sem evidência de variação temporal no risco de obesidade. O objetivo deste estudo foi a identificação e intervenção de possíveis alterações de crescimento e estado nutricional de crianças utilizando o Peso, Estatura e Índice de Massa Corpórea (IMC). Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, desenvolvido no Centro Municipal de Educação Infantil - CEMEI José Modesto Sobrinho ¿ Votuporanga SP, realizado por meio de coleta de dados antropométricos de 20 crianças com 5 anos de idade, nos meses de agosto e setembro de 2015. Os resultados foram analisados e interpretados de acordo com os gráficos e quadro do Ponto de Corte do Ministério da Saúde. Em relação ao Peso/Idade, 16 (80%) crianças foram consideradas adequadas e 4 (20%) acima do peso. Analisando Estatura/Idade, 19 (95%) foram consideradas adequadas e 1 (5%) abaixo da estatura. Quanto ao IMC/Idade, 11 (55%) foram consideradas eutróficas, 3 (15%) com sobrepeso, 3 (15%) com obesidade e 3 (15%) com obesidade grave. Das crianças participantes da pesquisa, 19 (95%) encontram-se na faixa adequada de crescimento e não foi encontrado nenhum caso de desnutrição. Em contrapartida, 9 (45%) crianças estão com IMC elevados, havendo prevalência de sobrepeso e obesidade infantil de diferentes graus. A mensuração dos dados antropométricos da criança é imprescindível, visto que são essenciais para indicar precocemente subnutrição e obesidade, que são fatores de risco de morbimortalidade infantil.

Palavras chave: Dados antropométricos, IMC na primeira infância, Crescimento e Desenvolvimento Infantil.

Detalhes do artigo

Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério Da Saúde. Portal Da Saúde. Desenvolvimento da primeira infância. Brasília, 2014. Disponível em: "http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/515-sas-raiz/dapes/saude-da-crianca-e-aleitamento-materno/l3-saude-da-crianca-e-aleitamento-materno/12883-desenvolvimento-da-1-infancia-brasil-carinhoso". Acesso em: 23 abr. 2015.

ROMANI, S. A. M.; LIRA, P. I. C. Fatores determinantes do crescimento infantil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 4, n. 1, p. 15-23, mar. 2004.