AVALIAÇÃO DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA POR PROFESSORES E AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE VOTUPORANGA - SP

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Caroline Barbosa Mello
Ígor Vinicius Venturelli Mogentale
Pedro Gabriel Marcomini Rios
Uderlei Doniseti Silveira Covizzi

Resumo

O Programa Saúde na Escola (PSE) objetiva a integração entre escolas e as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), contribuindo para a formação dos estudantes com ações de prevenção à doenças e promoção e atenção à saúde de estudantes do ensino básico público com a realização de atividades nas escolas, como avaliações da saúde bucal, promoção da prática de atividade física, avaliação oftalmológica e situação vacinal. Para avaliar as ações do PSE foi aplicado um questionário para agentes comunitários de saúde e professores de duas escolas do bairro São João, sendo uma de ensino fundamental e outra de médio com uma escala Likert, para analisar a concordância dos principais pontos do programa. O objetivo do questionário é o esclarecimento relativo a opinião desses profissionais sobre a implementação das ações do PSE. Foi constatado que, nas respostas dos professores do ensino fundamental, 85% concordam com a articulação entre secretarias da saúde e educação e também com a promoção da saúde bucal e avaliação oftalmológica, 57% concordam com a orientação das medidas antropométricas e é unânime a concordância com a orientação a situação vacinal e também com a promoção de práticas corporais, atividades físicas e lazer para os alunos. Já em relação as respostas dos professores do ensino médio, 85% concordam com a articulação entre secretarias da saúde e educação, 28% concordam com a orientação e avaliação sobre medidas antropométricas, 14% concordam com a avaliação oftalmológica, todos estão de acordo com as atividades de saúde odontológica e situação vacinal, além da promoção de práticas de atividades físicas e lazer para os alunos. Em relação aos agentes comunitários de saúde, 42% deles concordam que existe articulação entre secretarias de saúde e educação e avaliação das medidas antropométricas, 85% concordam com as atividades de saúde bucal e oftalmológica, 71% concordam com as atividades sobre a situação vacinal e 57% concordam com as promoção de práticas de atividades físicas e lazer para os alunos. Os resultados apresentados indicam divergência entre as opiniões dos professores e agentes comunitários de saúde sobre a articulação entre as secretarias de educação e de saúde, na qual a maioria dos professores apontam como positiva (85%), contra menos da metade dos agentes (42%). Outros pontos em que esses profissionais não concordam refere-se a situação vacinal, na qual a totalidade dos professores acreditam ser efetiva contra uma quantidade menor de agentes comunitários de saúde (71%). Entretanto, a maior variação observada ocorreu entre as opiniões sobre a promoção às práticas corporais, atividade física e lazer, visto que todos os professores acreditam que essa atuação é efetiva, contra apenas 57% dos agentes comunitários de saúde.

Palavras-chave: Análise comparativa. Saúde escolar. Questionários.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL, Ministério da Educação; Ministério da Saúde. Manual instrutivo Programa Saúde na Escola 2013. Brasília-DF, 2013. Disponível em http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/19_06_2013_16.21.18.880166244cb983df2c85e0bcc746a73b.pdf. Acessado em 10/04/2017.

 

MACHADO, M. F. A. S. et al. Programa saúde na escola: estratégia promotora de saúde na atenção básica no Brasil. Journal of Human Growth and Development. 2015; 25(3): 307-312. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v25n3/pt_09.pdf. Acessado em 29/03/2017

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS