AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE QUEDAS EM IDOSOS E OS FATORES DOMICILIARES QUE PODEM SER MODIFICADOS

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Gabriella Ruccini Floriano
Lanatiele de Oliveira Volpini
Laura Licia Milani de Arruda
Nara Ligia Forestieri Sette
Valéria da Cruz Oliveira de Castro

Resumo

Um evento comum entre os idosos são as queda que geram enormes índices de fraturas e necessidade de internação. Embora considerado algo comum do envelhecimento a fragilidade e predisposição a quedas pode indicar uma comorbidade crônica ou episódio de doença aguda. Além dos problemas de saúde, as quedas apresentam prejuízos psicológicos enormes, aumentando a dependência e a institucionalização. Os acidentes estão em quinto lugar como causa de óbito em pessoas idosas e as quedas representam cerca de dois terços desses acidentes, tornando-se um dos principais preditores de morbimortalidade dessa população, apesar de sua grande maioria ser evitável. O objetivo deste trabalho foi de avaliar as dificuldades encontradas nas famílias em relação ao cuidado do idoso, principalmente relacionada à quedas. Os participantes da pesquisa foram 10 famílias dos idosos que frequentam o Centro Dia do Idoso (CDI) do Município de Votuporanga -SP, com graus de dependência I ou II, os quais foram analisados de acordo com a presença de tapetes, mesas ou objetos que dificultam a locomoção, pisos escorregadios, barras de apoio, degraus, escadas e boa iluminação na residência. Assim, observou-se que a vulnerabilidade da pessoa idosa incluem vários atributos como: mudanças biológicas e psicológicas, como visão, audição, mobilidade e fragilidade, levando o idoso a ter dificuldades na locomoção. No presente estudo, 80% dos entrevistados apresentavam alguma dificuldade na locomoção; já quando questionados se as familiares conseguem ajudá-los com facilidade, 87,5% responderam que sim e 12,5 % não auxiliam com facilidade. Os fatores ambientais são a causa mais comum de quedas em idosos uma vez que cerca da metade das quedas ocorre em ambientes fechados, sendo o ambiente doméstico um lugar crítico para evitar que elas aconteçam. Um risco particularmente alto de quedas está em calçadas irregulares de residências, tapetes soltos (na cozinha ou nos banheiros), fios elétricos soltos e soleiras inadequadas nas portas. Condizendo com os dados obtidos no presente estudo em que grande porcentagem casas possuía fatores ambientais para o aumento do risco de quedas: 60% possuem tapetes, 50% possuem pisos escorregadios, 50% possuem degraus, 70% não possuíam barras de apoio e 10% iluminação precária. Em nenhuma das casas visitadas foram encontrados mesas ou objetos que dificultam a locomoção. Portanto, é de extrema importância evitar os riscos de quedas em idosos uma vez que possam gerar grandes comorbidades e prejuízos para a sua saúde.

Palavras- chave: Saúde do Idoso. Risco de Quedas. Fatores Ambientais.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html. Acesso em: 04 de Mai de 2017.

 

Machado TR, Oliveira CJ, Costa FBC, Araujo TL. Avaliação da presença de risco para queda em idosos. Rev. Eletr. Enf. [Internet], v.11, n.1, p: 32-38, 2009.

 

MAIA, F.O.M. Vulnerabilidade e envelhecimento: panorama dos idosos residentes no município de são Paulo. Estudo SABE. Tese de doutorado escola de enfermagem da universidade de são Paulo. São Paulo, 2011. Disponível em:< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-24102011-080913/pt-br.php > Acesso em: 02 mai. 2017.

 

Relatório Global da OMS sobre prevenção de quedas na velhice. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde, 2010.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS