ESTUDOS DA APLICABILIDADE E RESPOSTAS CLÍNICAS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM UTI

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Eliane Kamikawachi Kodawara
Rubia Faustino Rodrigues
Ricardo Aparecido Lucio Martins

Resumo

A síndrome da imobilidade prolongada está relacionada à origem de diversos acometimentos musculoesquelético nos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Com a assistência fisioterapêutica inserida nas UTI, através de suas técnicas próprias baseadas na utilização terapêutica dos movimentos e dos fenômenos físicos, busca proporcionar uma melhor qualidade de vida para o cidadão frente às disfunções intercorrentes. A mobilização precoce é uma terapia que resulta em benefícios físicos, psicológicos e evita os riscos da hospitalização prolongada. Objetivo do estudo foi avaliar o comportamento hemodinâmico com análise da frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), saturação de oxigênio (Sat. O2), e temperatura corporal (Tº) antes e pós a aplicação do protocolo de mobilização precoce. Foi realizado um estudo de campo, de cunho experimental, de coorte transversal, tendo como local de realização a Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Votuporanga, compreendendo o período de Maio a Setembro de 2017. Foram submetidos 19 pacientes de ambos os sexos, que atenderam aos critérios de inclusão, sendo estes estarem em cuidados de terapia intensiva, estáveis hemodinamicamente, respirando sob ventilação mecânica (VM), entubados ou traqueostomizados e que apresentassem monitoração da frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), saturação de oxigênio (Sat.O2). Os pacientes foram atendidos no seu próprio leito, sendo a verificação das variáveis hemodinâmicas realizadas um minuto antes e após a realização do protocolo de mobilização precoce. Os dados coletados foram comparados entre valores iniciais e finais onde apresentaram como resultados frequência cardíaca (89,72±18,31 e 87,21±23,23; p<0,05), pressão arterial sistólica (133,01±27,38 e 125,99±36,12; p<0,05), pressão arterial diastólica (75,10±14,40 e 72,09±19,20; p<0,05), saturação de oxigênio(95,22±11,03 e 91,38±21,29; p<0,05) e temperatura corporal(36,56±0,78 e 36,13±3,40; p<0,05). Com o presente estudo foi possível verificar que a mobilização precoce não causa instabilidade hemodinâmica nos pacientes durante sua aplicação, mostrando ser um protocolo seguro para aplicar em pacientes críticos, sugere- se que, cada vez mais, seja estimulada a realização desses procedimentos nas UTIs.

Palavras - chave: Mobilização Precoce. Hemodinâmica. Mecânica Ventilatória.

 

REFERÊNCIAS:

 

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS