MECANISMOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA E JEJUM INTERMITENTE COMO INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER

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Deividi Soares Ferreira
Leticia Aparecida Barufi Fernandes

Resumo

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que leva ao declínio das funções cognitivas, podendo aparecer em torno dos 40 anos de idade e a diante. Pode ser causada por sinais patológicos como a formação de placas senis, através da proteína beta amilóide, e pela agregação de proteína tau hiperfosforilada no cérebro, ambos levando a toxicidade neuronal e aumento de estresse oxidativo com posterior redução de funções cognitivas. O presente trabalho teve como objetivo descrever através de estudos contidos na literatura a fisiopatologia que leva ao surgimento da doença de Alzheimer, e os possíveis mecanismos da restrição calórica e jejum intermitente para atuar como coadjuvantes na prevenção, controle e tratamento da DA, assim como demonstrar os benefícios de sua utilização. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando duas bases de dados principais, sendo elas o Pubmed e Scielo e escolhidas às publicações a partir de 2008, dando maior importância aos estudos de 2012 em diante. A partir da revisão literária foram encontradas evidências positivas para o controle e tratamento da Doença de Alzheimer através dos mecanismos ativados pela restrição de calorias/jejum intermitente levando a melhora na função mitocondrial e redução de danos oxidativos. Os resultados encontrados nessa revisão sugerem que o excesso da ingestão calórica em conjunto com a idade podem levar a maior estresse oxidativo e danos neuronais, em contrapartida, foi demonstrado que a restrição de calorias/jejum intermitente podem estimular a biogênese mitocondrial e reduzir os danos oxidativos, causando um efeito protetor contra a Doença de Alzheimer.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Restrição Calórica. Jejum Intermitente. Nutrição.

 

REFERÊNCIAS:

 

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS