OBESIDADE: PRINCIPAL FATOR DE RISCO MODIFICÁVEL PARA O CÂNCER DE MAMA NO MUNICÍPIO DE VOTUPORANGA

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Kendra Lohana Saldanha Araoz
Nayara Santos Dias
Thamiles Navarrete Cavassana
Cristina Rocha Matarucco

Resumo

No Brasil, o câncer de mama é mais prevalente na população feminina, causando elevado número de mortes. Possui etiologia multicausal, estando incluído como causas o sedentarismo, a obesidade, os hábitos alimentares e faixa etária. Um estudo recente publicado na Revista Científica da América Latina realizado no Rio Grande do Sul com 495.477 mulheres, relacionado com sobrepeso, obesidade e mortalidade por câncer de mama, verificou que mulheres com índice de massa corpórea(IMC) elevado apresentou uma taxa de mortalidade elevada. Sendo que a obesidade abdominal predispõe mais o indivíduo a desenvolver o câncer de mama do que a obesidade geral. Por essa razão a Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia de Votuporanga (LAGOV) em pesquisa na Campanha do OutubroRosa observou a necessidade de alertar a população feminina sobre a importância do auto exame mamário e da atividade física como prevenção da obesidade, principal fator de risco modificável para o câncer de mama.A pesquisa  teve como metodologia aplicada a abordagem de mulheres na Praça Matriz no centro de Votuporanga pelos alunos da liga orientando sobre a  necessidade do autoexame mamário regularmente, entrega de filipetas explicativas com sinais de alerta e como realizar o auto exame através de   demonstração do mesmo em manequins mamários e um pequeno questionário sobre os principais fatores de risco: idade atual, idade da menarca e da menopausa, peso e altura, se já teve filho e se amamentou, se já havia realizado  terapia de reposição hormonal, hábitos de vida como tabagismo, etilismo e pr de atividade física e exposição a radiação. A partir dos dados obtidos, após abordagem de um total de 166 mulheres, constatou-se  que no município de Votuporanga o fator de risco modificável para o câncer de mama mais prevalente na população é a obesidade associada ao sedentarismo, mais da metade do público feminino encontrava-se com IMC acima de 25 o que indica sobrepeso, ou seja em sobrepeso ou em algum grau de obesidade, e quanto prática de atividade física regular apenas um terço do público afirmava realizá-la. Deste modo conclui-se que a saúde da mulher deve ser abordada pela equipe multiprofissional da saúde de forma integrada na prevenção do câncer de mama, estimulando não somente o autoexame das mamas como também a adoção de hábitos mais saudáveis a fim de diminuir fatores de risco predisponentes como a obesidade.

Palavras-chave: Câncer de mama. Obesidade. Outubro rosa.

 

REFERÊNCIAS:

 

LAGARES, EB ; SANTOS, KF; MENDES, RC, MOREIRA, FA; ANASTACIO LR. Excesso de Peso em Mulheres com Diagnóstico de Câncer de Mama em Hormonioterapia com Tamoxifeno. Revista Brasileira de Cancerologia, Minas Gerais, p.202, 31 de janeiro de 2013

 

FELDEN, J.B.B; FIGUEIREDO, A.C. Distribuição da gordura corporal e câncer de mama: um estudo de caso-controle no Sul do Brasil. Revista científica da America Latina. Rio grande do sul, p.2426, 15 de janeiro de 2009

 

PAPA, A.M; PIRFO, C.B.L; MURAD, A.M; RIBEIRO, G.M.Q; FAGUNDES, T.C. Impacto da obesidade no prognóstico do câncer de mama. Revista Brasileira de Oncologia Clínica. Minas gerais, v.9, n.31, p.25, 2013.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS