UMA VISÃO ÓPTICA DA REDE DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA MULHER, SOB OS CASOS ALTERADOS NO PROGRAMA MULHERES DE PEITO NO MUNICÍPIO DE VOTUPORANGA/SP

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Nayane Maeda
Nathália Pereira da Silva Vitorino
Stephanie Rodriguez Rodrigues
Karen Fernanda Silva Bortoleto Garcia

Resumo

Sabendo que câncer de mama é o tipo de câncer com maior prevalência na população feminina com faixa etária entre 50 a 69 anos e que é acompanhada de alta taxa de mortalidade nas mulheres, a Secretaria de Estado de São Paulo implantou em 2014 o Programa Mulheres de Peito, com o objetivo de conscientização destas mulheres sobre a importância da realização do exame, assim como a facilidade do acesso ao mesmo, através da dispensa do pedido médico, facilidade de agendamento e garantia do tratamento logo após a confirmação do diagnóstico. Desse modo, o diagnóstico precoce do câncer de mama pode aumentar em até 90% a porcentagem de cura do câncer de mama, invertendo a proporção da incidência versus mortalidade, assim como em países desenvolvidos que investiram em politicas de rastreamento para detecção e tratamento precoce. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi realizar o levantamento das mulheres que apresentaram no Programa Mulheres de Peito, exames alterados entre BI-RADS quatro e cinco no município de Votuporanga/SP no ano de 2015 e 2016. O método utilizado foi uma pesquisa exploratória com uma abordagem qualitativa com a realização de uma entrevista com aplicação de um questionário, em que os dados coletados foram submetidos à análise, para se obter traço do perfil das mulheres com alteração no exame de mamografia. Sobre os resultados obtidos das 19 participantes do projeto, 15 responderam o questionário e apenas 4 não responderam por motivos de mudança de endereço e contato falho. A idade das mulheres variou de 54 a 69 anos e o nível de escolaridade variou de analfabetismo até ensino médio completo. No âmbito do ano do diagnóstico, 4 mulheres foram diagnosticadas em 2014, 4 em 2015, 4 em 2016 e 3 em 2017. A respeito do diagnóstico inicial, 12 mulheres apresentaram BIRADS4 e 3 BIRADS 5. Sobre a frequência anual de realização de mamografia, 11 afirmaram realizar. Sobre o tratamento, 7 realizaram radioterapia, 6 quimioterapia e 7mastectomia. Sobre o histórico de câncer de mama na família,3 afirmaram casos positivos. No quesito acompanhamento regular na unidade básica de saúde todas referiram fazer. O questionário também abordou questões sobre os hábitos de vida, nos quais nenhuma faz uso de bebidas alcoólicas, 1 é tabagista, 4 realizam atividade física e 4 acompanham o grupo de HIPERDIA. A conclusão da análise dos dados baseou-se em traçar o perfil das mulheres acometidas, no qual prevaleceu idade acima de 54 anos, BIRADS 4, com escolaridade incompleta, realização de mamografias anuais, acompanhamento regular em unidade básica, com metade dos casos necessitando de cirurgia acompanhada de radioterapia ou quimioterapia. Palavras-chave: Câncer de mama. Programa Mulheres de Peito. Saúde da Mulher.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

 

INCA. Sistema de informação do controle do câncer de mama (SISMAMA) e do câncer do colo do útero (SISCOLO) Rio de Janeiro: INCA, 2011. SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Programa Mulheres de Peito. julho, 2016.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS