ABRIGO DE MEMÓRIAS

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Roberto Rivelino Lopes Bernardino de Melo
Fernando Bermejo Menechelli

Resumo

Este artigo tem por objetivo contribuir para o campo da Arquitetura e Urbanismo, mediado pelo Design, compartilhar ferramentas e permitir identificar uma relação entre, urbano tecnológico e rural artesanal. Para este processo de união entre o tecnológico e o artesanal se propõe a investigar o urbano partindo do ponto de vista arqueológico, através da arqueologia urbana, estudando espaços, elementos, conjuntos, e equipamentos urbanos, trazendo conhecimento e contextualizar dentro de um processo de inovação e inclusão social mediado pelo Design. O processo de criação, produção de produtos e sistemas vem sendo remodelado com o surgimento de sistemas abertos como o Design Aberto e de ambientes colaborativos, os quais contribuem significadamente para a criação e inovação baseada no fazer. O Movimento Maker é uma extensão da cultura Faça-Você-Mesmo ou, em inglês, Do-It-Yourself (ou simplesmente DIY). Esta cultura moderna tem em sua base a idéia de quepessoas comuns podem construir consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos. A contribuição para o campo da arquitetura e urbanismo está ligada a mediação feita pelo design e o compartilhamento de experiências. A metodologia adotada foi pesquisa e revisão de literatura, estudo de práticas abertas provenientes do design aberto econceitos relacionados, dos ambientes colaborativo do tipo Fab Lab, e das ações de indivíduos denominados, faça você mesmo. Através do estudo realizado foi possível buscar informações para interpretar como o design e algumas de suas mudanças geradas pelas tecnologias, incentivam novas formas de atuação coletivas em prol a produção e serviços para coletividade e sua possibilidade para gerar transformação social. A pesquisa destas tipologias mostra um panorama de como o design aberto, pode influenciar no espaço urbano e quais as formas mais interessantes de se compartilhar experiências por meio da criação e colaboração usando o design como fator potencializador. As analises resultaram em um projeto arquitetônico com conceito: práticas abertas e o seguinte partido: colaborativismo, que define um espaço de encontro, de expressão, discussão, aprendizagem, desenvolvimento e design. O programa de necessidades foi a definido como: oficinas, desenvolvimento de projetos e atividades colaborativas. Portanto, este espaço urbano é definido com ponto de vista aberto que permeia o acesso, a distribuição e a produção de bens, produtos e serviços para a coletividade e sua possibilidade de gerar transformações sociais. Portanto, foi demonstrado neste estudo a importância do conceito de abertura e de liberdade e suas implicações no design e arquitetura, indicando as novas formas de organização e transformação social.

Palavras-chave:Arqueologia urbana. Design aberto. Movimento maker.

 

REFERÊNCIAS:

 

VOGEL, Arno; DA SILVA MELLO, Marco Antonio. Sistemas construídos e memória social: Uma arqueologia urbana?. Revista de Arqueologia, v. 2, n. 2, p. 46-50, 2015.

 

CABEZA, Edison Uriel Rodríguez; MOURA, Mônica. OPENDESIGN: abertura+ design= prática projetual para a transformação social. In: Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. 2014.

 

NEVES, Heloisa Maria Domingues. Maker innovation. Do open design e fab labs... às estratégias inspiradas no movimento maker.2014. Tese (Doutorado em Design e Arquitetura) - Faculdade de Arquiteturae Urbanismo, Universidade de São Paulo

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Seção
HUMANAS E SOCIAIS