FONÉTICA E FONOLOGIA: OCORRÊNCIAS DE MONOTONGAÇÃO, DITONGAÇÃO E SEUS AMBIENTES

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Eric de Menezes Basso
Camilo Augusto Giamatei Esteluti

Resumo

Os fenômenos linguísticos de monotongação e ditongação estão presentes na fala das pessoas e muitas vezes acabam se materializando em sua escrita. Trata-se de dois fenômenos que não recebem a merecida atenção por parte dos atores do processo de ensino e aprendizagem, no decorrer do Ensino Fundamental II. Por isso, o objetivo deste artigo foi apresentar uma análise fonética e fonológica acerca de tais processos na escrita de alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de Cosmorama-SP, com a finalidade de descobrir qual fenômeno linguístico é mais corriqueiro entre eles e quais os ambientes que proporcionam tais apagamentos ou inserções de semivogais. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de 58 atividades planejadas de retextualização, que possibilitaram a aparição de alguns casos de escrita monotongada e outros casos de escrita ditongada. As análises realizadas permitiram verificar a ditongação como fenômeno mais ocorrente, com um total de 62 incidências, e a monotongação com 49 incidências. Quanto aos ambientes que propiciam monotongação, diante da catalogação feita nas atividades, corrobora-se com Cavaliere (2005) com os seguintes ambientes: monotongação de /ay/ em sílabas iniciais e mediais e perante palatal (/ʃ/); /ey/ em sílabas mediais e perante tepe (/ɾ/); houve um caso de monotongação de /ay/ perante vogal /a/; ditongo /ow/ é sempre monotongado nas sílabas iniciais e finais. Já para as ocorrências de ditongação, diante da catalogação feita nas atividades, corrobora-se com Aquino (2004): os ambientes que propiciam as ocorrências de ditongação são: alveolar surda (/s/) e alveolar sonora (/z/); em monossílabos átonos e tônicos; identifica-se a ocorrência de ditongação perante plosiva bilabial (/p/), tepe alveolar (/ɾ/) e nasal palatal (/ɲ/).

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