CARACTERIZAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM DESAFIO À ENFERMAGEM

Conteúdo do artigo principal

Laissa Fernandes Silva
Gabrielli Moraes Miguel
Rodrigo Soares Ribeiro

Resumo

O parto é considerado um momento importante na vida das mulheres, permite a transição para um novo papel: o ser mãe. As práticas que envolvem o trabalho de parto e parto, por parte de profissionais de saúde, podem trazer à gestante atitudes abusivas em relação ao seu psicológico, tais como, apropriação de seu corpo feminino e sua autonomia durante o processo de parir expondo as mulheres a comportamentos desumanizados, procedimentos dolorosos ou embaraçosos, uso de drogas desnecessárias, substituindo o processo natural do nascimento em patológico, caracterizando assim violência obstétrica. Para tanto a pergunta norteadora deste foi: ¿quais as contribuições da literatura científica quanto a violência obstétrica e a enfermagem?¿Objetivou-se caracterizar os artigos sobre violência obstétrica. Analisar os artigos quanto ao número, ano, título, revista publicada, autores, categoria profissional, resultados e conclusões. A busca foi na BVS (Biblioteca virtual em saúde), utilizou-se os descritores validados no DeCS (descritores em ciência da saúde): violência obstétrica, enfermagem. Foram aplicados os seguintes limites: base de dados: MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (banco de dados em enfermagem); textos completos; idioma: português; período: 2021 a 2022. Pesquisa realizada em 09/09/2022 com resultado de 8 artigos. Os critérios de exclusão foram: artigos repetidos, teses/dissertações e os que não responderam à pergunta
norteadora. A amostra totalizou (N= 06). O ano com maior número de publicações foi 2016 (33,33%), as categorias profissionais mais atuantes como autores respectivamente foram enfermeiros (76,2%) e psicólogos (9,52%), os procedimentos desnecessários elencados foram: manobra de Kristeller (27%), episiotomia (48%) ocitocina de rotina (13%) e amniotomia (12%). A pesquisa relevou que práticas desnecessárias e abusivas que conotem violência obstétrica devem ser banidas das maternidades. Os profissionais e instituições de saúde devem efetivar as boas práticas de humanização no cuidado multiprofissional em todo manejo assistencial.
Palavras-chave: Gestação. Violência obstétrica. Cuidado de enfermagem.

Detalhes do artigo

Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS