EFEITOS COLATERAIS DE ANESTÉSICOS EM NEONATOS DE CÃES E GATOS NASCIDOS DE CESARIANA- REVISÃO DE LITERATURA
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Resumo
Na medicina veterinária, protocolos anestésicos de cirurgias cesarianas devem ser cuidadosamente avaliados a fim de evitar o comprometimento vital de mães e neonatos. Protocolos anestésicos inalatórios, utilizando isofluorano e sevofluorano, assim como a anestesia epidural com lidocaína ou bupivacaína, são prioritariamente recomendados em cesarianas caninas e felinas, por causarem mínimos efeitos depressivos, não comprometendo a viabilidade e
sobrevivência fetal. Por sua vez, protocolos injetáveis utilizando tiopental, xilazina, prilocaína e mepivacaína são os menos recomendados por causarem maiores efeitos depressivos. Assim, objetivou-se abordar uma revisão de
literatura comparativa dos diferentes efeitos anestésicos sobre os fetos caninos e felinos nascidos de cesarianas. A cirurgia cesariana é uma laparohisterotomia realizada para retirar um ou mais fetos, vivos ou mortos, na época do parto (Campos et al.,2009). Frequentemente é utilizada em casos de distocias prolongadas e na prevenção de futuras complicações envolvendo mães e filhotes. Quando se faz necessária, consideram-se aspectos para maximizar a viabilidade dos fetos, sendo o foco a preparação cirúrgica, escolha da anestesia adequada e velocidade de execução cirúrgica (Rickard, 2011). Este procedimento exige a adoção de protocolos anestésicos seguros para a manutenção vital das cadelas e gatas em parição e seus neonatos (Mastrocinque, 2002). Por atravessarem
rapidamente a barreira placentária, os fármacos anestésicos utilizados no protocolo de indução anestésica em cesariana desencadeiam depressão das funções vitais em graus variáveis nos neonatos, dificultando a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina
(Santos et al.,2007).
Palavras-chave: Fetal. Epidural. Inalatórios.