FEBRE REUMÁTICA E STREPTOCOCCUS PYOGENES: FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
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Resumo
A Febre Reumática (FR) é uma infecção causada pelo Streptococcus pyogenes, pertencente ao gênero Streptococcus, beta-hemolítico do grupo A. A ação inflamatória pode ocorrer por uma amigdalite bacteriana provocada por Streptococcus pyogenes não tratada adequadamente. Normalmente, atinge articulações, coração e cérebro, sendo frequente ter sequelas cardíacas graves e consequências para o resto da vida ou até levar à morte. A FR é frequente em crianças/adolescentes na faixa etária de 5 a 15 anos de idade, sendo que algumas pessoas já nascem com predisposição e outras adquirirem aolongo da vida. O objetivo deste trabalho foi descrever sobre a Febre reumática, com ênfase na fisiopatologia da doença, no seu diagnóstico e tratamento. A metodologia utilizada foi revisão de literatura do tipo narrativa, descritiva, com pesquisas bibliográficas, queabrangem artigos científicos publicados no período de 2004 a 2020, na língua inglesa e portuguesa, bem como livros, monografias, dissertações e teses. Utilizou-se as bases de dados como SCIELO, BVS BIREME, Medline e Pubmed. A fisiopatologia da FR depende da resposta imune anormal a certos antígenos estreptocócicos por parte de hospedeiros susceptíveis. Ela envolve fatores relacionados ao estreptococo, ao hospedeiro e ao ambiente. Também pode envolver a reação cruzada entre certos antígenos estreptocócicos, como proteína M e a N-acetil-glicosamina e proteínas do hospedeiro, tais como miosina e laminina. Em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, a faringoamigdalite e o impetigo são as infecções mais frequentemente causadas pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, o qual é o responsável por 15-20% das faringoamigdalites e pela quase totalidade daquelas de origem bacteriana. No entanto, somente a faringoamigdalite está associada ao surgimento da FR. No Brasil, estima-se que anualmente ocorram cerca de 10 milhões de faringoamigdalites estreptocócicas, perfazendo o total de 30.000 novos casos de FR, dos quais aproximadamente 15.000 podem evoluir com acometimento cardíaco. O diagnóstico deve ser feito por médico, baseado em relatos de familiares, exames físicos/clínicos e exames laboratoriais. Os principais exames utilizados para avaliação do paciente com suspeita de FR são ecocardiograma, eletrocardiograma, exames que indicam infecção estreptocócica recente (cultura de orofaringe, ASLO e pesquisa de antígeno) e as provas de atividade inflamatória (VHS e PCR). De maneira geral, o tratamento de pacientes com FR é realizado como uso
de antibiótico. Assim, conclui-se que a FR tem atingido com mais frequência crianças e adolescentes, esta sepse faríngea evolui com problemas cardiovasculares, ectima se não tratada corretamente, podendo ocasionar necrose tecidual, o que torna importante o diagnóstico precoce e preciso.
Palavras-chave: Febre Reumática. Amigdalite. Streptococcus pyogenes.