ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

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Anna Beatriz Herrera Guerche
Janaina Aparecida Veronezi Trevelato
Kelly Cristina Colaço Dourado Gorayeb

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem sendo estudado há cerca de 60 anos. Foi descrito pela primeira vez pelo médico Leo Kanner em 1943 e desde então tem sido considerado um distúrbio de desenvolvimento comum. Diagnosticado antes dos 3 anos de idade, com características distintivas como: mobilidade limitada, comportamentos repetitivos, deficiências relacionadas ao desenvolvimento verbal e não verbal, interesse limitado e déficits quantitativos relacionados à interação social e comunicação. A fisiopatologia a partir de estudos de neuroimagem identificou a presença de assimetria cerebral, com diminuição da atividade do hemisfério esquerdo quando associada ao funcionamento social das estruturas de memória e linguagem. O TEA é um transtorno
caracterizado por transtornos do neurodesenvolvimento, ou seja, um grupo de déficits que se manifesta em três graus de leve, moderado e grave, e é uma doença crônica que requer tratamento, pois pode causar algum dano ao paciente. O transtorno não tem etiologia, pois não há biomarcadores definidos, mas os fatores neurobiológicos, genéticos e ambientais são os pontos que interagem e influenciam em um indivíduo. Durante uma avaliação
fisioterapêutica, deve ser feito um prontuário com dados pessoais e um histórico completo da doença, um exame físico para verificar o nível de força muscular, tônus, equilíbrio, marcha, alterações posturais, sensibilidade e reflexos do paciente e seu nível de consciência. Com a fisioterapia, esses pacientes podem melhorar a integração social, o desenvolvimento motor e as áreas de concentração. Embora haja uma equipe que trata esses pacientes, é necessário atenção máxima, atenção ao toque, tom, abordagem adequada e criatividade durante o tratamento, pois este é um alto nível de déficit de atenção e muitas vezes as orientações profissionais não se aplicam. O presente estudo teve como objetivo destacar déficits no desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social em pessoas com transtornos do espectro autista, que estão atrasados em relação a outras da mesma faixa etária, por meio da fisioterapia. A presente pesquisa compõe-se de uma revisão de literatura, dedutiva e descritiva, realizado a coleta de artigos, sites e revistas dos últimos dez anos nas respectivas bases de dados, SciElo (Scientific Eletronic
Libraty Online), PubMed (National Library of Medicine) e Google Acadêmico. Os resultados mostram que todo o leque de informações sobre a atuação do fisioterapeuta diante do desenvolvimento do TEA deve ser melhor compreendido. A fisioterapia é fundamental porque o autismo é uma síndrome que afeta milhões de crianças e pessoas em todo o mundo, e saber que a formação dessas crianças é essencial para a integração motora e psicossocial, pois depende do estágio em que ele se encontra. Dentre esses tratamentos está o uso da fisioterapia, que busca restabelecer a função motora desses pacientes por meio da atividade psicomotora, minimizando assim as sequelas de instalação causadas por esse transtorno do neurodesenvolvimento. Recomenda-se que pesquisas futuras analisem cada vez mais todos os aspectos que envolvem os indivíduos com autismo, e recomenda que os profissionais priorizem os valores humanos ao funcionarem em indivíduos com autismo e integrem a pessoa em todos os processos de socialização e habilidades interpessoais.



Palavras-chave: Autismo. Fisioterapia. Psicomotricidade

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS