DISPLASIA RENAL EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA

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Jamyle Rosa Bezerra Dos Santos
Leonardo Sanches

Resumo

A displasia renal é uma doença que pode ficar obsoleta por alguns anos em animais jovens
devido suas características similares a outras enfermidades do trato urinário de âmbito
hereditário/congênito, sendo que no caso da displasia renal o quadro é irreversível. O
objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a displasia renal em
cães. Utilizou-se 4 livros, 2 sites e 3 artigos para realizar este estudo. A displasia renal
acontece devido a um desenvolvimento desorganizado do parênquima renal causando
nefropatia crônica, observada geralmente em cães jovens (com menos de 5 anos de
idade), quando diagnosticados ou quando o animal vem a óbito. As raças que se
predispõem à displasia renal são Lhasa Apso, Shih Tzu, Chow Chow, Schnauzer
miniatura, Malamute do Alaska e Golden Retriever. Os sinais clínicos são os mesmos da
insuficiência renal crônica, já que essa doença leva à perda funcional dos rins, como
anorexia, letargia, poliúria, vômitos intensos e perda de peso progressiva. Nos achados
laboratoriais podemos encontrar anemia não regenerativa quando o paciente já se
encontra em um quadro de insuficiência renal crônica, azotemia, hiperfosfatemia e
densidade urinária <1,030. Como forma de diagnóstico da displasia renal é indicado o
exame histopatológico com a identificação de glomérulos imaturos ou fetais, hiperplasia
ou proliferação adenomatóide dos ductos coletores medulares e mesênquima persistente
na medula renal. Realiza-se também exames laboratoriais como hemograma, análises
bioquímicas e urinálise, que vão auxiliar no diagnóstico mais preciso, além de exames de
imagem como ultrassonografia e urografia excretora, que adicionam ao diagnóstico
possíveis sequelas associadas. O tratamento para pacientes que apresentam displasia
renal é conservativo e sintomático, proporcionando qualidade de vida e minimizando a
progressão de sequelas. É contraindicado o uso de medicamentos potencialmente
nefrotóxicos, agentes anestésicos que diminuem a função renal e os de excreção renal.
O prognóstico depende da gravidade da displasia, pois a mesma pode gerar outros
problemas como síndrome nefrótica, urolitíase, hidronefrose e infecção do trato urinário,
o que pode agravar o caso e levar o animal a óbito em alguns meses. Postando, fica claro
a dificuldade do diagnóstico precoce da displasia renal, sendo essa muitas vezes
identificada apenas após a morte do animal. Contudo, se o tutor perceber os sinais clínicos
precocemente, o tratamento de suporte pode, além da sobrevida, oferecer qualidade de
vida ao paciente.
Palavras-chave: Nefropatia. Hereditária. Rins. Congênita

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS