DIABETES MELLITUS EM FELINOS - REVISÃO DE LITERATURA
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Resumo
O diabetes mellitus, que tem como problemática principal a hiperglicemia consequente de uma resistência à insulina, está mais comum a cada dia entre os felinos domésticos. Muitas vezes é relacionada a obesidade e outros fatores nutricionais, resultando no aumento da glicose sanguínea, mas pode estar diretamente ligada à deficiência absoluta ou relativa de secreção do hormônio insulina. O presente trabalho tem por objetivo descrever os sinais clínicos, predisposições e eficácia no controle e tratamento da diabetes mellitus em felinos. Foram utilizados 4 livros, 2 artigos e 2 boletins informativos para a realização desta revisão de literatura. Geralmente, a diabetes mellitus tipo II é mais observada na casuística de felinos, sendo ela multifatorial, podendo advir de fatores como: pancreatite, obesidade, sexo (machos são mais predispostos), idade, inatividade física, castração associada a confinamento interno, insuficiência renal e predisposição genética. Quando descoberta de maneira precoce pode permitir ao animal uma melhor sobrevida e uma possível remissão, que é comum nos felinos. O emagrecimento, poliúria, polifagia e polidipsia, são sinais clínicos comuns a essa enfermidade, e mesmo os animais obesos podem apresentar alteração no escore corporal. Apenas 10% dos animais apresentam os sintomas que chamamos de neuropatia diabética como limitação na capacidade de saltar, fraqueza dos membros posteriores e postura plantígrada. Geralmente o diagnóstico está vinculado a exames laboratoriais que apresentam hiperglicemia persistente em jejum e glicosúria na urinálise. O teste de frutosamina pode ser realizado para diferenciar se a
hiperglicemia está sendo ocasionada pela diabete mellitus ou por estresse. Entretanto, apenas os exames de sangue/sorologia não são suficientes para fechar o diagnóstico, sendo necessário a união da anamnese, sinais clínicos e exame de urina. O ultrassom pode se fazer importante para eliminar a suspeita de alguma outra doença endócrina concomitante como insulinoma ou com a síndrome de Cushing, sendo esta última comumente associada a diabetes mellitus tipo II. O tratamento é realizado através da associação da insulinoterapia ao manejo nutricional adequado, o que aumenta a eficácia. Alguns fatores são importantes para garantir uma provável remissão, entre eles a resolução da obesidade (quando obeso, necessita de um maior aporte de insulina, uma vez que a longo prazo, pode induzir à exaustão das células ß-pancreáticas) ou outras doenças concomitantes ou secundárias que podem reduzir a sensibilidade insulínica. Portanto, é nítida a importância do manejo nutricional em conjunto com a farmacoterapia para uma maior eficácia no tratamento, já que, os obesos estão mais predispostos a essa
doença e, quando esses animais são tratados e acompanhados de maneira correta a probabilidade da remissão é maior, além de uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Glicose. Insulina. Gato. Obesidade