A PREVALÊNCIA DA FASE PRÉ-ANALÍTICA NOS PRINCIPAIS ERROS LABORATORAIS

Resumo

Os erros nos serviços laboratoriais podem ser atribuídos a todas as fases do processo de análise. Entretanto, a fase pré-analítica destaca-se por apresentar uma prevalência significativa de erros, variando de 46% a 68%, enquanto a fase analítica contribui com aproximadamente 12,5% dos erros totais, e a fase pós-analítica responde por 18% a 47% dos erros identificados. Na fase pré-analítica, os erros laboratoriais são predominantemente de natureza humana, devido à presença de processos não automatizados. Isso demanda um grande número de profissionais e, muitas vezes, ocorre fora do ambiente laboratorial. As altas taxas de erros estão diretamente relacionadas à falta de automação e padronização dos serviços, bem como à participação de múltiplos profissionais nessa fase, tornando-a vulnerável a falhas nos processos subsequentes. A partir dessas considerações, este trabalho teve como objetivo identificar, por meio de uma revisão de literatura, utilizando como base pesquisas bibliográficas dos anos de 2010 a 2023, os principais erros na fase de pré-análise, bem como as barreiras que podem ser implementadas para mitigar essas falhas, com vistas a reduzir a rejeição de amostras biológicas. Demonstrou-se, com a investigação, que a rejeição de amostras impacta negativamente nas taxas de coleta, o que pode causar ansiedade, insatisfação e insegurança tanto para médicos quanto para pacientes. Além disso, no âmbito laboratorial, esses erros resultam em custos desnecessários, atrasos na entrega de resultados, aumento da carga de trabalho e, principalmente, na perda de credibilidade, confiança e segurança no laboratório. Nesse sentido, concluiu-se a importância de estudos que possam demonstrar maneiras eficazes de atenuar os erros advindos dessa fase em procedimentos laboratoriais, para sua utilização de maneira adequada.

Palavras-chave: erros laboratoriais; fase pré-analítica; amostras biológicas; padronização; automação.