CUIDADOS PALIATIVOS E O FIM DIGNO

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Beatriz Canuto Menezes, Carol Godoi Hampariam

Resumo

Quando um indivíduo vivencia um diagnóstico que ameaça sua vida, automaticamente imagina-se de frente com a morte. Entretanto, existem ações a fim de diminuir o sofrimento e a dor neste processo delicado, sendo que, dentro do ambiente hospitalar designa-se como uma equipe de Cuidados Paliativos. Esse grupo multidisciplinar de profissionais, tem como objetivo aliviar cada momento de mal-estar do paciente paliativo em todos os âmbitos, o que é chamado de biopsicossocial. Os profissionais devem levar em consideração as vontades de seus pacientes e saberem acolhê-los de forma humanizada. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo investigar a eficácia dos tratamentos paliativos destinados a pacientes terminais. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, através da vasta pesquisa de livros, artigos e obras em plataformas como Scielo, Lilacs, com foco no tema em questão. Observou-se que em sua maioria, os pacientes preocupam-se com suas doenças e o quanto isso mudará o seu dia a dia, suas crenças, sua relação com a espiritualidade, seus recursos sociais, além de aspectos quanto ao custo e o tempo do tratamento e o quanto que isso consumirá da sua família. Esses fatores interferem na dignidade no ponto de vista do paciente. Sabe-se que a equipe como um todo, nesse momento, deve promover uma morte digna baseada nos princípios da bioética, no entanto, observou-se que há uma defasagem nas formações dos profissionais da área da saúde sobre a educação paliativa, além de também, a necessidade de trabalhar a relação entre paciente e a equipe, visto que, o aumento da tecnologia nos equipamentos médicos como UTI tem dificultado o contato humano e direto entre ambos, fazendo com que não mantenham mais um vínculo tão efetivo como antes, da alta tecnologia. Observou-se que é baixa a proporção dos brasileiros que tem acesso e conhecimento aos seus direitos no momento de final de vida, e que poucos também fazem uso legal de testamentos e diretivas antecipadas, dado o fato que se vive em um país onde ainda existe tabu sobre a morte. Os profissionais por suas vezes, foram capacitados em sua maioria, visando somente a cura, mas quando se encontram com um paciente terminal ou paliativo, sentem uma sensação de fracasso. Assim, conclui-se que os cuidados paliativos são eficazes quando aplicados em instituições que valorizam esses tipos de cuidados e prezam pelo conforto de seus pacientes neste momento importante e delicado. Hospitais esses que, investem na educação paliativa e informam aos familiares quais serviços serão prestados durante o tratamento, além de promover o máximo de acolhimento possível para o paciente e seus parentes como também, fortificar os vínculos entre equipe e paciente para que assim, os cuidados obtenham os melhores resultados possíveis diante da base qualificada da equipe multiprofissional.


Palavras-chave: dignidade, conforto, cuidados paliativos.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS