PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DO OLÉO DA MAMONA

Resumo

O óleo de mamona possui composição química atípica quando comparada à maioria dos óleos vegetais, pois além do triglicerídeo ácido ricinoléico estar presente, que é um ácido graxo hidroxilado pouco frequente nos óleos vegetais, constitui 89,5% da sua composição ^[1]. A cultura da mamona é viável para regiões de clima seco no Brasil, como o semi-árido nordestino, mas não é exclusiva dessa região, podendo também ser cultivada em outras partes do país. Desse modo, a mamona foi escolhida como a fornecedora de matéria-prima para o biodiesel pelo seu fácil cultivo e resistência à escassez da água^[2]. Este trabalho teve como objetivo utilizar o óleo de mamona para produção do biodiesel, que é considerado uns dos biocombustíveis mais promissores no mercado brasileiro. Este produto é em geral obtido a partir da transesterificação de óleos vegetais com alcoóis (metanol e etanol), utilizando-se catálise básica ou esterificação desses materiais na presença de catalisadores ácidos ^[3]. Neste trabalho evidencia-se que é possível realizar a reação de transesterificação do óleo de mamona para a produção do biodiesel, e apesar da viscosidade do óleo de mamona ter dificultado o processo de transesterificação, e sua alta solubilidade em alcoóis prejudicado a separação glicerina/biodiesel, resultados satisfatórios foram alcançados, uma vez que as características físico-químicas do óleo foram similares às encontradas na literatura.