A PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Resumo

Durante a adolescência, características sexuais começam aparecer. A mente se altera e o desejo sexual surge. O prazer sexual se manifesta com a necessidade de conhecer o próprio corpo e o corpo do outro, iniciando a vida sexual. O adolescente está inserido em um contexto social, familiar e cultural nos quais, nem sempre e por diversas razões, tais como preconceito, vergonha, tabu, desconhecimento, não é abordada a temática sexualidade de forma educativa. A falta de conhecimento sobre métodos contraceptivos, gravidez e percepção de futuro se fazem presente. Assim, os adolescentes ficam de frente com gravidez precoce não programada e DST. Por isso, a pesquisa foi baseada na necessidade deles serem instruídos quanto à temática. O projeto de intervenção ocorreu na escola EE Sebastião Almeida de Oliveira de Votuporanga. Foram cinco encontros, nos quais, os acadêmicos do curso de medicina: conversaram com os alunos e apresentaram o uso de preservativos por meio de modelos anatômicos sintético; realizaram uma dinâmica, na qual papéis foram distribuídos, a fim de recolher dúvidas de maneira anônima de cada adolescente, e responder para todos possibilitando esclarecimentos e reflexões, bem como novas perguntas. Ao todo, participaram 85 jovens, divididos em três turmas, que apresentaram perguntas como: “Como posso pegar DST?”. Além disso, muitos não sabiam o uso correto de preservativos ou não o conhecia. Da pesquisa, conclui-se que houve interesse e assimilação das informações pelos alunos, principalmente sobre os problemas de gravidez precoce e indesejada e riscos das DST; confirmando-se a hipótese de que os adolescentes precisam ser mais informados, sendo que ao poder público compete promover campanhas de prevenção e esclarecimento de dúvidas que efetivamente alcance o ciclo de vida da adolescência.