A ARQUITETURA DOS LIMITES REVITALIZAÇÃO DA ORLA FERROVIÁRIA DE VOTUPORANGA-SP

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Edervan Cássio Fernandes DEVOLIO
Maria Julia Barbieri EICHEMBERG

Resumo

Esta comunicação tem por objetivo analisar conceitualmente a ideia de limite e a sua
aproximação com arquitetura. Para tanto, propõe-se uma leitura do espaço urbano a
partir da orla ferroviária de Votuporanga em sua condição limitante para o
crescimento e desenvolvimento da malha urbana e de seus respectivos
desdobramentos. Parte-se da hipótese de que o limite é capaz de produzir intervalos
entre suas fronteiras, proporcionando espaços imprevisíveis, livres de significações e
com possibilidades de uso não programado. Trata-se de uma arquitetura do entre
espaço, que potencializa a ocorrência de eventos capazes de agenciar novas
ligações entre múltiplas espacialidades. Tais ligações são expressão dos processos
interativos de articulação entre o definido e o não definido. Estamos, sobretudo,
diante de uma arquitetura que não institui epistemologicamente seus domínios ou
territórios conceituais, pois está continuamente aberta a ser outra, sempre
imprevisível. Isso deve resultar numa arquitetura mais potente, à medida que
transforma tais espacialidades em lugares promotores de novas experiências de
aprendizagem e criação entre o usuário e o espaço vivido. Metodologicamente,
parte-se de uma fundamentação teórica por meio da revisão dos conceitos de limite
por LYNCH, 1982, o "entre-espaços" proposto por GUATELLI, 2012 e o conceito de
intervalo, causador das fronteiras na malha urbano PEIXOTO, 1996.

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Seção
HUMANAS E SOCIAIS