CINEMA DIGITAL E CINEMA EXPERIMENTAL

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Kaique Eduardo Ferrari de Oliveir SOUZA
Laura Fernanda CIMINO

Resumo

O propósito deste artigo é apresentar brevemente o processo digital que o cinema sofreu com a introdução da tecnologia nos seus aparatos técnicos, desde o experimentalismo até o cinema digital/indústria. No que o cinema se transforma quando abusa e se estimula por meio dessa tecnologia imagética, onde um mundo de possibilidades só é experimentado quando se permite visualizar outros reais pela simulação? Essa é a questão principal que pretendo discutir, uma visão sobre a linguagem que se exprime no cinema experimental e a certa comodidade que o cinema digital nos coloca. Carência de maiores experimentações dessas tecnologias, tanto no âmbito visual como também das outras sensações, criticadas em Adeus à Linguagem (2014), filme de Jean-Luc Godard, que coloca justamente esse aspecto em debate: se isso que estão fazendo com o cinema é o melhor que podem fazer, no aspecto tecnológico, então está na hora de pensar o que estão fazendo. O uso da tecnologia e das imagens síntese para um cinema auto referencial abre novos caminhos para o futuro cinematográfico, como os transcinemas de Kátia Maciel e o novo uso da tecnologia 3D que Godard apresentou em sua mais recente obra. Portanto, essas duas novas vertentes nos mostram que o cinema possui infinitas novas possibilidades de se aproximar do experimentalismo, mas sem abandonar a instalação tecnológica que se obteve nos últimos anos  caminhos estes que apenas acendem lamparina de ideias e de novas expectativas sobre o cinema que ainda estão por vir.

Palavras-chave: Cinema, Digital, Experimental.

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Seção
HUMANAS E SOCIAIS

Referências

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