FENOMENOLOGIA NA ARQUITETURA A DOBRA
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Esta comunicação tem por objetivo investigar fenomenologicamente a relação entre o corpo e o espaço que o habita. Sabe-se que a fenomenologia trabalha a relação do corpo com o espaço e a ação dos fenômenos da consciência do ser. Trata-se de uma espécie de olhar infantil, aquele que vê o mundo pela primeira vez e se relaciona com o mundo sensorial, sem a imposição dos hábitos e das crenças instituídos socialmente ou culturalmente. Tais questões foram objeto de estudo de uma corrente teórica fundamentada nas obras de alguns arquitetos, como Peter Zumthor (2012), Juhani Pallasmaa (2011) e Tadao Ando (2009) e que, consequentemente, dão bases conceitual para a compreensão dos problemas arquitetônicos. Para estes autores a arquitetura pode na sua construtibilidade potencializar uma relação sinestésica entre o usuário e o espaço. Para isso são usadas metodologias de projeto para que o expectador receba impressões táteis, auditivas, visuais, sonoras tais como: manipulação da entrada de luz, exposição de materiais translúcidos, opacos, transparentes e o uso da tecnologia digital, assim despertando o ser da inércia que o cotidiano o envolve. Sendo assim o objetivo dessa pesquisa é traçar uma linha de analise fenomenológica como leitura arquitetônica, partindo do olhar do arquiteto para analises projetuais mais profundas e elaboradas a partir da sensibilidade.
Palavras-chave: Arquitetura, Dobra, Fenomenologia.
Detalhes do artigo
Referências
Deleuze, Gilles. A dobra. Leibniz e o barroco. Campinas, Papirus, 1991
MERLEAU-PONTY, Maurice (1962) - Phenomenology of Perception. London: Routledge (página 9), <https://wiki.brown.edu/confluence/download/attachments/73535007/Phenomenology+of+Perception.pdf>. Acesso em 07 de abril de 2016.
NESBITT, Kate (Org.). Uma nova agenda para a arquitetura. Antologia teórica (1965-1995). Coleção Face Norte, volume 10. São Paulo, Cosac Naify, 2006.
PALLASMAA, J. Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos. Porto Alegre: Bookman, 2011. 76p.