NORMA PADRÃO E A ESCRITA
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Resumo
Sabe-se que o Português apresenta variações, porém a norma culta da língua continua sendo o padrão que rege as relações de comunicação na sociedade. Saber como e em quais situações utilizá-la é de extrema importância para a formação de um indivíduo competente e apto a corresponder as demandas sociais, principalmente no âmbito da escrita. Os textos escritos pedem atenção em relação à linguagem e à ortografia, sendo que alguns deles exigem exclusivamente o uso da língua padrão. Assim, propôs-se a realização de um projeto na escola que buscasse uma reflexão a respeito da norma culta e da sua importância na construção do texto dissertativo. Alunos do 3° ano do ensino médio foram incentivados a refletirem sobre as variações na linguagem de diferentes gêneros textuais, além de produzirem textos que exigem a linguagem formal e identificarem os erros ortográficos de ocorrência mais comum na língua portuguesa. O erro surge quando há um padrão estabelecido, dessa forma considera-se como ¿erradas¿ ocorrências na escrita que foge as regras da norma culta, o que não significa que tais ocorrências sejam algo negativo, já que como afirma LUCKESI (2002), a visão proveitosa do erro possibilita sua utilização de forma construtiva, podendo este ser um suporte para o processo de aquisição do conhecimento. A aprendizagem nesse contexto resulta na busca participativa quanto aos desvios cometidos em relação ao padrão estabelecido, promovendo assim a autorreflexão do aluno sobre a forma como ele escreve. Não é dado ênfase ao ensino da gramática, mas sim no próprio texto e às suas exigências quanto ao uso da linguagem adequada a cada gênero, nem mesmo tenta-se impor a língua padrão como a única correta dentre as demais variantes, mas sim compreender que ela deve ser também aprendida.
Palavras-chave: Língua Portuguesa. Norma Padrão. Texto dissertativo.
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Referências
BRAIT, Beth. Elocução formal: o dinamismo da oralidade e as formalidades da escrita. Estudos de língua falada: variações e confrontos/Dino Preti (organizador) et al. 2.ed. p.87-108. São Paulo: Associação editorial Humanitas,2006 ¿ (Projetos Paralelos,v.3)
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. 13.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas,SP: ALB/Mercado de Letras, 1996.