TERRELLA

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Angelo Rober Pulici
Michael de Melo

Resumo

Este artigo apresenta uma experiência de física de plasma através de um dispositivo denominado Terrella, que emite um vento de partículas em uma esfera magnetizada inserida numa câmara à vácuo produzindo auroras polares artificiais. A Terrella provou ser uma ferramenta eficaz não só para fins acadêmicos, mas também para divulgação científica. O experimento Terrella possibilita: pesquisar a interação do plasma fracamente magnetizado com um campo magnético forte, analisar o transporte e o aquecimento gerado pelas ondas de choque, verificar a cintilação do plasma e seu aprisionamento em um único campo magnético, e simular as auroras polares. Este experimento pode ser realizado com materiais de baixo custo para aplicação na área educacional. A grande dificuldade advém da fabricação das esferas, que devem ter uma boa qualidade superficial, pois qualquer irregularidade pode desviar o campo elétrico. Uma pesquisa interessante aplicando a Terrella é estudar o efeito da sublimação em cometas simulando a interação do plasma com as moléculas que constituem sua coma, nuvem de poeira e gás que circunda o núcleo deste astro cósmico.

            Palavras-chave: Terrella, Aurora, Plasma, Magnetismo.

Detalhes do artigo

Seção
EXATAS E TECNOLÓGICAS
Biografia do Autor

Angelo Rober Pulici, UNIFEV

Graduado em Física pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Astrofísica pela Universidade de São Paulo. Mestrado em Biofísica Molecular pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professor da Universidade Paulista. Professor do Centro Universitário de Votuporanga.

Michael de Melo, UNIFEV

Bacharel em Física pela USP, Especialista em Administração de Empresas pela FCMSCSP, Mestre em Engenharia Civil pela UNESP e Doutorando em Física da Matéria Condensada pela UNESP. Docente da UNIFEV.

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