A PRESENÇA DE COMORBIDADES NA CIRURGIA CARDÍACA

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Beatriz Costa FERREIRA
Jessica Hohana TAIRA
Ricardo Aparecido Lúcio MARTINS

Resumo

A história da cirurgia cardíaca tem como ponto de partida Ludwig Rehn, o qual em 1896 suturou com êxito um ferimento de ventrículo direito (PRATES, 1999). De acordo com CADORE et al. (2010), nas decisões médicas relacionadas a intervenções, sejam clínicas ou cirúrgicas, os benefícios devem ser pesados contra seus riscos. Para estimar este risco, muitas variáveis devem ser levadas em consideração, incluindo características do paciente e da doença. ARCÊNCIO et al. (2008) afirma que historicamente, a fisioterapia tem sido empregada em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas. No entanto acredita- se que, maiores conhecimentos sobre as comorbidades que mais acometem este grupo de pacientes e condutas fisioterapêuticas podem intervir de forma benéfica em vários aspectos na fase de pré-operatório, evitando talvez o aumento de complicações pós-operatórias. O objetivo da pesquisa é ampliar os conhecimentos sobre as principais comorbidades que acometem os pacientes que serão submetidos à cirurgia cardíaca e determinação de estratégias protetoras a serem realizadas com o atendimento fisioterápico no pré e pós- operatório. Trata-se de um estudo experimental quantitativo de caráter transversal, no qual foram avaliados 22 pacientes, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos que encontravam-se internados na enfermaria da Santa Casa de Votuporanga, conveniados ao Sistema Único de Saúde, para realizarem cirurgia cardíaca eletiva, onde se deu a análise dos dados a partir da média, desvio padrão e porcentagem das variáveis estudadas. Como resultados obteve- se, 8 (36%) mulheres e 14 (64%) homens, com idade predominante ≤ 60 anos, com uma média de 59±11,14. Dentre os participantes, 27% eram diabéticos, 68% hipertensos, 9% insuficientes cardíacos crônicos, 23% tabagistas e, 86% sedentários. Conclui-se que, a intervenção fisioterapêutica no pré operatório diminui os riscos de complicações pós operatórias em pacientes que possuem comorbidades associadas como fatores de risco que os submeteram ao procedimento cirúrgico.

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Seção
SAÚDE E BIOLÓGICAS

Referências

ALMEIDA, F. F.; BARRETO, S. M.; COUTO, B. R. G. M.; STARLING, C. E. F. Fatores Preditores da Mortalidade Hospitalar e de Complicações Per-Operatórias Graves em Cirurgia de Revascularização do Miocárdio. Scielo. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v80n1/pt_14377.pdf >. Acesso em: 28 Ago. 2014;

ARCÊNCIO, L. et al. Cuidados pré e pós-operatórios em cirurgia cardiotorácica: uma abordagem fisioterapêutica. Scielo. 2008. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbccv/v23n3/v23n3a19.pdf >. Acesso em: 28 Out. 2013.

CADORE, M. P. et al. Proposição de um escore de risco cirúrgico em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Scielo. 2010. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbccv/v25n4/v25n4a07.pdf >. Acesso em: 28 Out. 2013.

PRATES, P. R. Pequena história da cirurgia cardíaca: e tudo aconteceu diante de nossos olhos. Scielo. 1999. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script= sciarttext&pid=S0102-76382012000100019 >. Acesso em: 28 Ago. 2014;