ANÁLISE DA OBRA LITERÁRIA O CORTIÇO E O CONTRATO SOCIAL DE ROUSSEAU

Resumo

O presente artigo tem a proposta de fomentar o estudo sobre contrato social. Entremeando a obra literária de Aluísio Azevedo, O Cortiço, com a tese de Jean Jacques Rousseau, sobre o contrato social, pois afirma: a ordem social é um direito sagrado que é a base de todos os direitos. O Cortiço, escrito em 1890 com naturalidade mostra a realidade de um conjunto de pessoas degradadas por vários fatores, entre eles, o próprio meio. O momento histórico é marcado pelo caos político e econômico favorecendo a geração de diferentes classes sociais pontuando a desigualdade, o que sugere no romance uma crítica social. O interesse individual fica acima do bem comum o que vai na contra mão do pensamento de Rousseau, entende ser o contrato social a igualdade e comprometimento de todos, o que faz a sociedade ser ativa e passiva, logo cria leis e as obedecem. Para Jean Jacques o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, nisso estaria em consonância com o pensamento de Aluísio que defende, que o meio é a nascente de toda a miséria econômica e moral manifestada na obra. Sendo portanto, o princípio científico que afirma que o meio é determinante nos agrupamentos humanos. No caso o homem nasce livre, mas é acorrentado pelas suas necessidades e vaidades. Com a propriedade privada brota no homem seu instinto mal, o que é demonstrado no naturalismo, que tem como base os instintos naturais, como a busca pela sobrevivência. Na concepção de Rousseau, a liberdade, igualdade e fraternidade são elementos indispensáveis para o bem estar do homem, o que faz com que o homem mova. Conclui-se então a necessidade da criação e intervenção do Estado para busca do equilíbrio, pois não age por si só, mas em prol do povo que é o soberano e detentor do poder criando-se então a democracia.

Palavras chave: Cortiço, Rousseau, Contrato Social.