MITO E ARQUITÉOPICOS NA TRAJETÓRIA DE UMA HEROINA: UM ESTUDO DE CASO
Conteúdo do artigo principal
Resumo
A jornada de uma heroína, assim como ocorre com todo herói, é um processo de individuação. Essa experiência envolve descobrir quem você realmente é, transformar a visão que você tem do mundo e de si mesmo. É uma busca por um sentido de vida mais transcendente e um desejo de expressar sua verdadeira natureza. A jornada da heroína se concentra nas experiências, desafios e transformações da protagonista feminina, e sua dificuldade em ser reconhecida como de fato uma heroína. A partir disso, esta pesquisa tem como objetivo, investigar as dificuldades que a figura feminina tem em se desvincular de certos arquétipos e alianças familiares para construir uma figura heroica por si mesma, sem perder a sua feminilidade e singularidade. A fundamentação teórica da metodologia se pauta na obra de Carl Jung, estudos sobre arquétipos e contribuições da psicologia sistêmica. Esses conhecimentos foram aplicados na compreensão da jornada heroica de uma personagem do filme Moana. O estudo se pauta em uma pesquisa qualitativa, especificamente se trata de um estudo de caso baseado no filme Moana. A pesquisa visou explicar as linhas temporais de mudanças dos arquétipos na personalidade, além de compreender o funcionamento da família na manutenção do mito, as lealdades, a estrutura e os padrões de relação entre os personagens. Na análise do filme foram mapeadas as circunstâncias difíceis, a resiliência e as estratégias utilizadas pela personagem nas tomadas de decisão que marcaram sua expressão de força e resistência. O estudo indica que, diferente da figura do herói masculino, a heroína feminina passa, por vários outros arquétipos e relações de força na família, para assim então poder se constituir de fato como uma figura heroica individualmente.
Palavras-chave: Arquétipos; Feminidade; Heroína; Mitos familiares; Lealdades Invisíveis