CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DO COLÁGENO NA CÓRNEA DE COELHOS COM O POLÍMERO POLI(BUTILENO ADIPATO-CO-TEREFTALATO) (PBAT)

Conteúdo do artigo principal

Tadeu Marchi Sanches
Aline Cardoso Pereira

Resumo

A úlcera de córnea é uma das afecções mais comuns na oftalmologia de pequenos animais, e por isso há vários estudos e inovações no tratamento desta afecção com o intuito de promover a cicatrização da córnea com menor inflamação e complicações. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi propor uma alternativa ao tratamento da úlcera de córnea, a partir do enxerto corneal de uma membrana do polímero poli(butileno adipato-co-tereftalato) (mPBAT), avaliando se há indução de produção de colágeno na córnea. A metodologia usada foi por meio do implante da mPBAT em 12 coelhos fêmeas (um olho para controle e o outro com a mPBAT) por cirurgia de tunelização interlamelar estromal; os olhos foram enucleados após 30 dias (M30) e após 60 dias (M60) do procedimento e submetidos a avaliação histopatológica com a coloração de picrosirius, que quando avaliada sob microscopia de luz polarizada é específica para colágeno, de forma quantitativa e qualitativa – fibras colágenas imaturas e maduras. A pesquisa promoveu resultados satisfatórios, que indicaram que a mPBAT proporcionou nos olhos tratados no M30 maior quantidade de fibras imaturas (60,02%) comparado ao controle (28,05%). Portanto, a mPBAT induz a produção de fibras de colágeno na córnea aos 30 dias de pós-operatório e é bioinerte aos 60 dias, o que a torna viável no uso na úlcera de córnea na medicina veterinária.


Palavras-chave: ceratites ulcerativas; ceratoplastia; enxerto corneano; polímero biodegradável.

Detalhes do artigo

Seção
ARTIGOS